Trindade:
Doutrina segundo a qual a Divindade, embora una em sua essência, subsiste
eternamente nas pessoas do PAI, do FILHO e do ESPÍRITO SANTO. O Supremo Ser
subsiste numa unidade de três pessoas igualmente divinas e distintas.
Há
três personalidades distintas, cada qual inteiramente divina, mas encontram-se
tão harmonicamente inter-relacionadas que resultam numa única essência.
DEUS
PAI é relacionado à obra da criação; DEUS FILHO é o principal agente da obra de
redenção da humanidade; e DEUS ESPÍRITO SANTO é a garantia de nossa herança
futura.
A
coisa mais difícil a respeito do conceito cristão da Trindade é que não há
maneira de explicá-lo adequadamente. A Trindade é um conceito impossível de ser
totalmente compreendido por qualquer ser humano, quanto mais explicado. Deus é
infinitamente maior do que nós, por isso não devemos esperar que sejamos
capazes de compreendê-Lo totalmente. A Bíblia ensina que o Pai é Deus, que
Jesus é Deus e que o Espírito Santo é Deus. A Bíblia também ensina que há um só
Deus e que alem dele não existe outro. A unidade divina é unidade composta, e
que nesta unidade há realmente três pessoas distintas, cada uma das quais é a
divindade, e que, no entanto, cada uma está consciente das outras duas. Não é o
caso de haver três Deuses, todos três independentes e de existência própria. Os
três cooperam unidos e num mesmo propósito, de maneira que no pleno sentido da
palavra, são "um".
Mesmo
podendo compreender alguns fatos sobre a relação das diferentes pessoas da Trindade
umas com as outras, no geral, a Trindade é incompreensível à mente humana.
Entretanto, não significa que não seja verdade ou fora dos ensinamentos da
Bíblia.
A
palavra Trindade foi usada pela primeira vez, em sua forma grega, por Teófilo;
e, em sua forma latina, por Tertuliano. O credo Atanasiano assim se expressa
acerca da doutrina da Santíssima Trindade: "Adoramos um Deus em trindade,
e trindade em unidade, sem confundir as pessoas, sem separara substância".
Ao estudar este assunto, lembre-se de que a palavra "Trindade" não é
usada nas Escrituras. Este é um termo usado em uma tentativa de descrever o
Deus triúno, e o fato de haver três pessoas co-existentes e co-eternas
perfazendo um só Deus. Compreenda que DE JEITO ALGUM se sugere aqui que haja três
Deuses. A Trindade é um Deus feito de três pessoas. Não há nada errado em usar
o termo "Trindade", mesmo que esta palavra não se encontre na Bíblia.
É mais prático dizer a palavra "Trindade" do que dizer "três
pessoas co-existentes e co-eternas perfazendo um só Deus". Se isto for
problema para você, considere isto: a palavra avô também não é usada na Bíblia.
Mesmo assim, sabemos que havia avôs na Bíblia. Abraão foi avô de Jacó. Então,
não fique obcecado com o termo "Trindade". O que realmente importa é
que o conceito REPRESENTADO pela palavra "Trindade" existe nas
Escrituras. A trindade é uma comunhão eterna, mas a obra da redenção do homem
evocou a sua manifestação histórica. O filho entrou no mundo duma maneira nova
ao tomar sobre si a natureza humana e lhe foi dado um novo nome, Jesus. O
Espírito Santo entrou no mundo duma maneira nova, isto é , como o Espírito de
Cristo incorporado na Igreja. Mas ao mesmo tempo, todos os três cooperam. Era
muito difícil achar termos humanos que pudessem expressar a unidade da
Divindade e ao mesmo tempo, a realidade e distinção das pessoas. Ao dar ênfase
sobre a realidade da Divindade de Jesus, e da personalidade do Espírito Santo,
alguns escritores corriam o perigo de cair no triteísmo (a crença em três
deuses). Outros escritores, pondo ênfase sobre a unidade de Deus, corriam
perigo de esquecer-se da distinção entre as três pessoas. Este último erro é
comumente conhecido como sabelianismo (doutrina do bispo Sabélio que ensinou
que Pai, Filho e Espírito Santo são simplesmente três aspectos ou manifestações
de Deus. Este erro tem surgido muitas vezes na história da Igreja e existe
ainda hoje. Essa doutrina do sabelianismo é claramente antibiblica e carece de
aceitação, por causa das distinção bíblicas entre o Pai, o Filho, e o Espírito
Santo. O Pai ama e envia o Filho; o Filho veio do Pai e voltou para ele. O Pai
e o Filho enviam o Espírito; o Espírito intercede junto ao Pai. Sendo a
Doutrina da Trindade concernente à natureza íntima das três pessoas da
santíssima Trindade, não poderia ser conhecida, senão por meio da revelação
Bíblica. Embora o Antigo Testamento não ensina diretamente sobre a Trindade,
até porque, num mundo de tantos deuses, tornou-se necessário acentuar em
Israel, a verdade de que Deus é "UM", e que não havia outro além
dele. Naturalmente, se essa doutrina fosse ensinada na Antiga Aliança, teria
sido mal entendida e mal interpretada. Porém, mesmo não sendo explicitamente
mencionada, ela está fundamentada tanto no Velho como no Novo Testamento.
A
existência divina é a base do amor. O amor é impossível a um ser solitário. Sem
a Trindade o problema da revelação de Deus se tornaria extremamente complicado,
e, rigorosamente, não poderia existir. A Obra da criação e da redenção resultam
do amor cooperativo das três pessoas.
A
unidade perfeitíssima que estabelece a unicidade divina firma-se nos seguintes
postulados:
A-
Igualdade absoluta do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
B-
Perfeição absoluta das três pessoas trinitárias.
C-
Impecabilidade, santidade e integridade dos seres divinos.
D-
Consubstancialidade sem qualquer grau de diferenciação entre o Pai, o Filho e o
Espírito Santo.
E-
Consensualidade integral, integrada, corporativa e interativa entre as pessoas
da ordem trina.
F-
Igualdade absolutamente nivelada em todos os níveis atributivos e sapienciais
das pessoas da Trindade.
G-
Eternidade natural, essencial e intrínseca da unidade trina: Deus, em si e por
si mesmo, nas pessoas do Pai, do Filho e do Espírito Santo, é eterno. Ao homem
eleito e regenerado o Pai, na pessoa do Filho, ministrado pelo Espírito Santo,
concede a “imortalidade” ou “a vida eterna”. Deus, porém, não é “imortal”, é
“eterno” em si mesmo. A eternidade lhe é um atributo exclusivo; a imortalidade
é uma graça concedida aos regenerados.
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